Lendo os depoimentos de meus colegas iniciei uma viagem em minhas lembranças de infância, daquela época em que se brincava muito. Brincava de cirquinho, casinha, teatrinho, escolinha, inventava muitas historinhas com meus coleguinhas de escola e de vizinhança. Adorava jogos e passatempos, e claro, os livrinhos: de historinha, de pintar, ligar pontos e recortar... Minha mãe foi professora de 1ª a 4ª série de escola rural, aquelas em que na mesma sala tinham duas séries, sempre foi apaixonada por ensinar, dona de uma paciência incrível e nunca mediu esforços para desenvolver seu trabalho de seduzir aquelas crianças da roça para o mundo da leitura e escrita. Eu adorava ouvir as historinhas que ela contava todas as noites, conforme ia ouvindo,criava os cenários em minha imaginação, tinham as minhas favoritas, a qual sempre pedia para repetir. A do “Macaquinho do rabinho comprido” e a da “Lebrinha desobediente” não esqueço nunca, também as contei as minhas filhas quando eram pequenas. A maioria das historinhas que minha mãe contava tinha uma mensagem, reflexão. Ao final de cada historinha, como já estava deitada para dormir ela dizia “e quem não levantar nasce três bóias”, não sei o que isso significava, mas morria de rir e levantava o bumbum da cama. Talvez por tudo isso eu tenha me tornado um adulto que gosta de ler, imaginar e refletir sobre o que leio.
Viviane
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